domingo, 12 de agosto de 2018

Devemos ser tratadas como gente, querendo ou não o bebê

Olá pessoas! 
Depois de algum tempo estou aqui de volta para terminar minha história. Nesta semana tive que lidar com a dor da perda de uma tia querida e falarei agora da minha perda, em si.
Quando cheguei na área de pre parto, a enfermeira perguntou  o que aconteceu e se eu queria o meu filho. Falei que sim, chorando. Foi horrível ter que ficar respondendo o tempo todo que eu queria o meu bebê. Eu acho que devemos ser tratadas como gente, querendo ou não o bebê. Mas depois da tensão da entrada, me deparei com duas grávidas, quase parindo. Foi muito estranho. Uma ficou sentindo muita dor e se contorcendo na cama.Isso me deixou com medo. A outra conversou comigo o tempo todo. Daí elas fizeram exame e me botaram no soro. O acesso foi posto no pulso, na direção do polegar( pior lugar). Tenho a marca até hoje. Nem dá pra esquecer. Depois das auxiliares eu recebi outra visita de uma enfermeira que botou dois comprimidos em  mim. Eu chorei mais do que nunca. Ela fez aquilo com tanta ignorância, que doeu demais. Cheguei pela manhã e só fui fazer a curetagem à noite, bem tarde. Na hora da curetagem, eu tremia demais! Fiquei com medo de sentir dor. Me deram uma anestesia e eu não vi nada. Quando acordei, eu vomitei muito e me deixaram no corredor por muito tempo. Fui tratada como um lixo. Foi mesmo o pior momento. Depois, o maqueiro me deixou no quarto e passei a noite ouvindo choro de bebê a noite toda. Pela manhã, as pessoas que trabalhavam no hospital, iam de quarto em quarto ver os bebês das mamães e quando chegavam no meu perguntavam:"Cadê o bebê?" Affffff! Eu ficava tão triste e tão revoltada! A menina da limpeza e as outras me olhavam com cara de desprezo e aquilo me doía mais e mais. Depois, fiquei mais aliviada porque minha mãe chegou e me ajudou, pois estava com muito medo de ser julgada como se não houvesse amanhã por pessoas desconhecidas. Eu acho que devemos ser tratadas como gente, querendo ou não o bebê. Minha vida não foi mais a mesma desde o dia que eu descobri minha gravidez. A medica me falou que se eu engravidasse de novo poderia perder o meu filho, por isso decidimos, eu e meu marido, fazer a cirurgia de mioma. Eu fiquei com medo de perder outro filho e passar por tudo de novo, a humilhação. Não queria ser invadida novamente. Não queria que invadissem o meu corpo e minha alma. Ainda luto pelo filho que não veio. Cadê meu bebê? 
Bju bju pessoal! Deixem seu comentário!

domingo, 15 de julho de 2018

Minha perda

Olá pessoas!
 Hoje estou aqui para contar sobre os piores dias da minha vida.
Depois de receber a pior notícia ( do aborto espontâneo) eu tinha que ir  ao hospital para fazer a curetagem. Então eu fui com a minha mãe. No início estava calma e passei pela triagem pra fazer cadastro. Entrei numa sala sozinha e esperei( junto com outras mulheres) para ser atendida. Foi horrível ouvir pessoas falando que estavam ali pra ver como estava a gravidez, como estavam apreensivas com medo de perder e eu já havia perdido. Na hora que entrei na sala, fui atendida primeiro por uma enfermeira (ou técnica em enfermagem, sei lá, pois ela não se identificou) que me perguntou se eu tinha feito alguma coisa para perder meu filho e eu falei que não, que só pegava peso. Daí ela começou a me dizer que peso não era desculpa, porque senão as nossas avós nunca teriam filhos. Eu me senti tão mal, que nem falei mais nada . E ela continuava me indagando, como se eu tivesse provocado. Me subiu uma raiva com angústia e tristeza por estar ouvindo tudo isso. Foi muito triste. Eu nem entendia mais nada. Aí a médica chegou e foi muito educada e humana comigo. Ela conversou direito comigo, eu expliquei a situação e mostrei meus exames pra ela. Ela olhou e disse que era normal o aborto e que eu estava com um mioma que podia ter atrapalhado a gravidez e que se eu engravidasse de novo poderia perder novamente. Eu fiquei em pânico. Pensei mil coisas! Ela me falou que o mioma não comeu meu bebê, mas pode ter expulsado por estar dentro do útero. Então, acreditem, mioma não come criança(isso foi o que eu mais ouvi) . Depois de passar pela médica, fui para sala de pré parto. Que horror! Encontrei duas grávidas, uma quase parindo. Eu fiquei pensando: vou sair sem bebê?

domingo, 1 de julho de 2018

A semana da minha perda

Olá pessoas! 
Hoje estou aqui para contar mais uma parte da minha gravidez. Hoje será a parte mais triste a parte em que perdi meu bebê.  
Comecei a sangrar de leve um sangue rosinha. fui direto no médico e ela disse que poderia ser principio de aborto mas o colo do útero seguia fechadinho. Tinha um pouco de esperança nessas palavras. Fui fazer uma transvaginal e ainda estava sangrando. O medico fez e eu ouvi os batimentos do coração dele. Foi mágico!Eu e meu marido nos emocionamos muito. Saímos de lá com uma esperança e a primeira foto do nosso bebê. O médico disse que tinha que tratar o sangramento e no outro dia fui direto a uma maternidade. Que martírio! Foram uns três exames doloridos de toque e eles não conseguiam  entender o que estava acontecendo, pois meu colo estava fechado. Passei uma semana até que o meu sangramento só havia aumentado. Minha médica me mandou direto pra uma maternidade e chegando lá o medico falou que não estava vendo a gravidez. Daí mostrei os exames pra ele e ele copiou tudo e mandou eu esperar mais uma semana para ver o que acontecia. Afff! Eu já estava esgotada. Decidi então ir no outro dia a uma clinica na nossa cidade e quando cheguei fiz a terceira ultrassonografia da semana e o médico me mandou ir  direto ao hospital fazer uma curetagem, pois não havia mais batimento. Meu mundo desabou! Eu me mantive calma, mas muito triste. Minha mãe e minha cunhada me acompanharam e fui para o hospital fazer a curetagem. Aí, eu vivi os dois piores dias da minha vida: estar numa maternidade e não saí com um bebê!

quarta-feira, 20 de junho de 2018

Como foi minha primeira gravidez

Olá pessoas! Hoje eu vou falar pra vocês da minha gravidez.É, eu já fiquei grávida. 6 semanas, mas tive o gostinho de saber o que é estar grávida. Não tive enjoos, não senti tantos sintomas aparentes, mas me senti tão bem! Me senti tao bonita, senti meu corpo tão sensível e ao mesmo tempo tão forte! Foi um tempinho bom! Eu tive somente um desejo: comer uma comida baiana feita por minha mãe. Que delicia que fica a comida, quando estamos gravidas!O gosto fica mais aguçado, tudo fica melhor. Eu devorei uma comida que nem estava com vontade de comer, raspei o prato de cozido, trazido pela minha sogra.Ah, que tempo bom! Junto com as coisas boas também senti coisas ruins.Começaram as crendices das pessoas. Se chegasse num lugar, deveria entrar, senão a criança voltava e outras baboseiras que não acredito! Fiquei tao chateada com isso que começava a ser chata com as pessoas. Fui no médico para começar o acompanhamento numa maternidade de nome, aqui em Salvador e nao consegui atendimento por nao ter o exame de sangue. Eu e meu marido corremos de um lado pro outro pra fazer o tal exame. Fiz e fui levar o resultado na segunda feira. Daí, quando cheguei em casa senti algo estranho e quando fui no banheiro, vi m sangue rosa, bem fraco. Aí é que começou meu desespero... Tem alguma história boa, me conte nos comentários!

domingo, 17 de junho de 2018

Primeiro post do Blog

Olá pessoas! Hoje estou começando a escrever o meu "diário" de não gravidez. É, eu coloquei o diário entre aspas por não ser escrito todos os dias como o verdadeiro diário. Tem muito tempo que estou tentando engravidar e nada de acontecer, já estou ficando cansada.Tenho 40 anos e o tempo é meu maior inimigo. Já engravidei uma vez por 6 semanas e perdi. Foi mesmo o pior momento da minha vida. Passei por vários exames invasivos, curetagem, preconceito. Foi horrível! Hoje, eu quero que vocês também me contem suas histórias e dividam comigo suas angustias, seus sonhos. Vou dividir tudo com vocês! Será que vou parar de ouvir: "Cadê o bebê?" BJU BJU